Guerreiras curdas iraquianas da minoria étnico-religiosa Yazidi |
A defesa de uma pátria
exige ações de coragem e bravura!
Em
guerra desde 2011, a Síria, liderada pelo presidente Bashar al-Assad, vem
resistindo contra os ataques de grupos terroristas infiltrados no país,
financiados por agentes externos que só lucram com esta guerra e almejam a
derrubada do governo para assim dominar e explorar as terras e o povo sírio,
como fizeram no Iraque e em outros lugares. O Iraque que tem partes de seu território também tomado pelo Isis, está resistindo como pode com a ajuda do Exército Iraquiano e de outros grupos como, por exemplo, os Peshmerga (exército curdo). Diante disso, surge um belo e
inspirador exemplo das mulheres sírias e iraquianas que lutam pela defesa da honra e
integridade de seu povo!
As mulheres
yazidi (curdas iraquianas) formaram uma unidade militar para atacar o Isis (Daesh/Estado Islâmico).
As guerreiras yazidi estão planejando um ataque contra a fortaleza de Mosul (Iraque). A
unidade já conta com 2 mil combatentes e inclui centenas de ex-escravas sexuais
(raptadas pelo Isis) que escaparam do cativeiro após a captura da cidade de
Sinjar (no Iraque, perto da Síria).
Os yazidi são considerados "adoradores do diabo" pelos islamitas.
Os yazidi são considerados "adoradores do diabo" pelos islamitas.
Khider
descreve o caos após a queda de Sinjar - quando testemunhas da Anistia
Internacional delataram guerreiros Daesh raptando mulheres para usá-las como
escravas sexuais:
"As mulheres estavam jogando seus filhos de penhascos e pulando atrás deles, pois era uma forma mais rápida de morrer.
Estávamos de mãos atadas. Ninguém podia fazer nada sobre isso".
Todas as refugiadas yazidi relatam com profunda tristeza a forma cruel como eram tratadas (como escravas sexuais).
Um dos objetivos do grupo yazidi é libertar outras mulheres que ainda são mantidas em cativeiro como escravas sexuais em Mosul (no Iraque). A capitã Khatoon disse:
"Sempre que uma guerra começa, nossas mulheres acabam sendo as vítimas.
Nossa força de elite é um modelo para outras mulheres da região. Todas desejam pegar em armas para 'se proteger do mal'.
Temos muitas mulheres em Mosul sento mantidas como escravas. Suas família estão esperando por elas. Nós estamos esperando por elas. A libertação pode ajudar a trazê-las para casa".
Dentre os grupos que combatem o Estado Islâmico, destacamos também a participação feminina dentro do grupo Qamishli Sootoro (Força de Proteção Gozarto - Gozarto Protection Force) - uma milícia cristã síria-ortodoxa (alinhada ideologicamente ao regime de governo de Bashar al-Assad) composta de soldados assírios, e armênios, ambas comunidades localizadas na Síria. Estas mulheres combatem os terroristas sem medo, com honra e dignidade.
Nosso apoio e admiração a essas mulheres guerreiras, que preferem fincar pé em seu solo ancestral castigado, enquanto tantos homens em condições de ir à batalha preferem fugir!
Guerreiras assírias sírias do grupo Qamishli Sootoro (Força de Proteção Gozarto - Gozarto Protection Force) |
Referências
Sobre quem são os Yazidi: Wikipedia: Yazidi
Sobre os sofrimentos que o Isis tem causado às mulheres Yazidi:
Folha SP Uol
BBC Brasil
Yahoo notícias
Sobre o grupo GPF - Qamishli Sootoro (e outros grupos que combatem o EI):
Wikipedia: Sootoro (em inglês - conferir links nas referências)
Yahoo News (em inglês)
Almanaque da autodeterminação